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terça-feira, 27 de março de 2012

ADMIREM A COERÊNCIA DO TEXTO DE JUREMIR MACHADO


Tarso e o piso do magistério

Juremir Machado - CORREIODOPOVO
 
Admiro o governador Tarso Genro, que está fazendo um bom governo.
Por isso sou obrigado a ser franco: na questão do piso do magistério ''ele está errado''.
O CPERS está certíssimo.
Tarso bateu no teto: criou a lei do piso, não a cumpre e quer recorrer contra ela. É contradição demais.
Ninguém, ganhando pouco, vai abrir mão do que a Lei lhe garante. O governo deve aos professores desde 2009. Terá de pagar.
É pedra cantada.
Yeda Crusius foi ao STF contra o piso. Perdeu. Tarso também está perdendo na justiça.
Os desembargadores de São Paulo receberam quantias milionárias de auxílio-moradia atrasado com base numa única e justificativa: está na Lei.
Por que pedir então aos professores que abram mão do pouco que a lei lhes assegura?
Se o CPERS não exigisse o cumprimento da Lei, seria chamado de pelego. Não o é.
O CPERS merece aplausos. O índice de reajuste pelo Fundeb está lei desde 2008. É alto demais? Os governos que lutem pela mudança. Mas o que já é devido não poderá ser apagado.
Tem de pagar.
O governo gaúcho promete em torno de R$ 1.200 para os professores até 2014. O piso hoje já é de R$ 1.451. Tudo o que governo oferece, por melhor que seja, está abaixo do que a lei determina. O partido do governador, quando estava na oposição, exigia o pagamento imediato do piso.
Talvez fosse só jogo politico para desgastar o adversário.
Instalado no poder,  mudou de discurso.
Certamente contava com a compreensão do CPERS, velho parceiro, como quem diz aquilo tudo era para a gente chegar ao poder, não vai dar para  fazer tudo o que dissemos, mas ainda assim será melhor. O CPERS, porém, acreditou e não está disposto a perder o que a Lei lhe atribui.
A oposição também mudou de discurso.
Antes, no poder, não pagava o piso. Agora, quer que ele seja pago prontamente. É jogo político. Demagogia.
O CPERS está tão certo que indica até onde o governo deve atuar para arranjar dinheiro: convencer a união a renegociar a dívida dos Estados. Somos sangrados mensalmente pelo governo federal. Resta a alternativa de mexer no plano de carreira do magistério, o que equivale a pagar o piso para uns e não para outros, ''a anular a ideia de piso como salário inicial sobre o qual incidem as vantagens''.
Em bom português, o governo hoje defende as posições que eram ontem da secretária Marisa Abreu. Quando o secretário Carlos Pestana diz que 145 mil de 150 mil professores já ganham o piso, está adotando a posição de Marisa de que piso não é o básico, mas apenas o menor salário que um professor deve receber.
Ninguém se atreve a descumprir a lei do salário mínimo nem os seus índices de reajuste.
Por que o tratamento diferente em relação ao piso do magistério?
 As questões jurídicas já foram clarificadas: o piso é constitucional, o índice de reajuste é o do Fundeb, vale desde 2009 e tem de pagar.
Será que o governo, por ter recursos limitados, conta, para não pagar, ''com o apoio da mídia que pratica o xiitismo da sensatez sempre governista'' (não sejamos radicais, o Estado quebra se pagar) e da opinião pública conservadora, que odeia o CPERS''e acha que os professores trabalham pouco e estão sempre reclamando de tudo''?
 

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